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Alice Portugal organiza ‘protesto’ após fechamento do salão da Câmara: ‘não temos tempo’

DEPUTADA

Após o salão de beleza da Câmara dos Deputados ser fechado por conta de espaço, a parlamentar baiana Alice Portugal (PCdoB) pretende reunir a bancada feminina para organizar um espécie de protesto. Segundo informações do jornal O Globo, ela afirma que o salão é importante por conta do pouco tempo que os deputados tem para cuidar da imagem. “O salão, os restaurantes, as farmácias são serviços importantes. O parlamentar trabalha com sua imagem. Parlamentar não tem pinta de modelo e na nossa rotina diária, musas passam rapidamente a museus.

Ficamos muito presos às diversas atividades aqui, não temos tempo de cortar cabelo, fazer escova, organizar a imagem de maneira rápida para uma entrevista, por exemplo”, argumenta ela, que ressalta que o serviço não é “mordomia”. “É difícil se deslocar daqui para ir a um shopping fazer esse tipo de serviço. Sou a favor que se priorize a atividade fim, mas com a rotina assoberbada que temos aqui, temos que ter uma área de serviços como este. Uma coisa para revindicar ao próximo presidente”, explicou. O espaço onde estava instalado o salão, onde trabalhavam 22 pessoas, será usado para instalar a liderança do PHS, legenda com cinco deputados. Inicialmente, havia uma barbearia na Casa, até que a bancada feminina, no início dos anos 80, reivindicou a ampliação do atendimento. Ainda de acordo com O Globo, o salão funcionava no subsolo do anexo 4, ponto de visibilidade da Câmara, onde passam centenas de servidores e parlamentares. No prédio, está instalada a maioria dos gabinetes de 513 deputados. De acordo com o jornal Extra, outro parlamentar que reclamou do fechamento do salão foi Jair Bolsonaro (PP-RJ), que também corta o cabelo no salão duas vezes ao ano. “A Câmara precisa dispor de certos serviços, como restaurante, banco e também cabeleireiro. Por mim, teria até uma lotérica aqui dentro. Se eu fosse candidato à presidente da Câmara, minha bandeira número um seria reabrir o salão”, afirmou. (BN)