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Confirmado como candidato ao governo, Rui Costa aposta na figura de Lula em convenção

O candidato à reeleição ao governo do Estado, Rui Costa (PT), preferiu apostar na figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no discurso da convenção que homologou sua participação na disputa, realizada na manhã deste sábado (4), no Parque de Exposições, em Salvador. Dedicando a parte inicial do seu discurso a falar sobre a prisão de Lula e das realizações dos governos dele no Brasil, Rui parece ter adotado a estratégica que deve ser uma das tônicas de sua campanha: apropriar-se da figura do ex-presidente preso. ”Não é o primeiro na história da humanidade que alguns que acham que o mundo é só para ele que querem punir aqueles que acham que o mundo é para todos. A semente que ele plantou ninguém nunca vai apagar nesse país”, afirmou Rui, ao dedicar a convenção ao petista. Como natural de um candidato à reeleição, também falou de realizações do seu governo. Deu destaque à área da saúde, citando a criação de 19 policlínicas regionais de saúde e a inauguração do Hospital da Mulher. Algo que trouxe no discurso foi a questão econômica, considerada um dos pontos fortes de sua gestão, pelo fato de, em tempo de crise econômica, o estado não ter vivido o sufoco financeiro de outras unidades da federação. O governador também apostou na imagem do homem de família. Agradeceu a mulher, Aline Peixoto, pela parceria e fez uma parte do discurso com uma das filhas pequenas ao lado.

 Na questão política local, pediu voto para os dois candidatos ao Senado na chapa: o ex-governador Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD). ”Pra Bahia seguir em frente, ela precisa dos dois senadores remando a favor da Bahia. Em outros estados, a gente via senador boicotando seu estado, porque ele era adversário politico do governador”, declarou. Ao falar de Coronel, referiu-se indiretamente ao processo que deixou a senadora Lídice da Mata (PSB) fora da majoritária, para dar lugar ao presidente da AL-BA. Disse que os partidos deixaram a ”vaidade de lado”, o que possibilitou a coesão do grupo. O candidato também defendeu a atividade política, que está em descrédito atualmente junto à população brasileira. Fez apelo para que as pessoas não virem as costas para a política. ”A melhor forma de consertar nosso país não é virar as costas para a política. Se a gente deixar de cuidar do que a gente gosta, as raposas vão tomar conta do galinheiro. Os abutres vão voltar do passado e a fazer a gente sofrer muito”, avaliou. O candidato à reeleição também minimizou o fato de ter vantagem sobre os adversários nas pesquisas de intenção de voto. “Eu não olho pesquisa. A pesquisa eu já vi nas ruas porque eu acabei de chegar das ruas, com o povo”, declarou. (Bahia Notícias)