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Deputado Rosemberg Pinto (PT) comenta desdobramentos da CEPLAC‏

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Visando debater e pautar a situação da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e da crise hídrica que afeta os territórios de identidade do sul e médio sudoeste baiano, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) participou, na manhã desta terça-feira (12/04), da Comissão de Agricultura e Política Rural, na Assembleia Legislativa da Bahia.

Durante a Comissão, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) postou uma nota sobre a Ceplac informando que a mesma passará a ter ligação direta ao gabinete do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, ganhando maiores investimentos em pesquisa e inovação, defesa agropecuária e abertura de mercados internacionais. Segundo a nota, o objetivo é fortalecer e modernizar a companhia, que está defasada devido a sucessivas perdas de orçamento e a falta de renovação do quadro de servidores.

Líder do PT na Assembleia, Rosemberg exaltou que o ato do MAPA é fruto de uma articulação política e conclamou as lideranças da região para unirem-se em prol da Ceplac. “Estamos avançando com a comissão de técnicos da Ceplac para discutir esse encaminhamento e conforme diz a ministra, em sua nota, vai suspender o decreto e devemos interferir neste primeiro momento insistindo na escuta dos técnicos e das principais lideranças da região. Pois as coisas se resolvem na política que, com certeza, foi o que influenciou na alteração do decreto”, defendeu o parlamentar que esteve em Brasília duas vezes com o Ministro Jaques Wagner para solicitar ajuda para resolver a questão.

 

Crise hídrica

 

O parlamentar ainda chamou a atenção dos seus pares sobre a crise hídrica, em virtude das alterações climáticas, que afeta a agricultura nos territórios de identidade do médio sudoeste baiano e sul. “Quero pautar um tema que tem relação com a agricultura na região do sul e sudoeste da Bahia, uma vez que nós estamos com problemas gerados com a implicação das mudanças climáticas. É algo inusitado falar em seca nessas regiões”, alertou. “Devemos realizar um debate com o Governo do Estado principalmente com a Secretaria de Agricultura e a de Infraestrutura Hídrica com a discussão técnica e jurídica na Assembleia da ampliação do combate a seca”, disse.

O petista justificou que algumas ações de combate a seca do Governo Federal são tomadas a partir do desenho do semiárido nordestino e baiano. “Não podemos admitir que locais como Itororó, Iguaí, Firmino Alves, Santa Cruz da Vitória, dentre outros estejam fora do impacto dessas alterações climáticas”, ressaltou.

Na semana passada (06/04), o parlamentar esteve na Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) e conseguiu a perfuração de seis poços artesianos na cidade de Ibicuí nos distritos de Buri de Cima, Roças Comunitárias, Buri de Baixo, Engrunado, Riachão do Lopes e Ibitupã, além de um na cidade de Itororó no distrito do Rio do Meio. Contudo, Rosemberg observa que paliativos não vão resolver o problema, e deseja ampliar o debate para que as ações também sejam ampliadas. “Nós não podemos tomar uma medida apenas pontual, devemos pensar de uma forma mais ampla para aquela região não passar por uma situação mais difícil do que já está”, concluiu o parlamentar. (Ascom)