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Um mês após parto, mãe viaja a Goiânia para reencontrar filhas siamesas santoantonienses e se declara: “Não vai faltar amor”

Passado um mês do nascimento, as gêmeas siamesas Laura e Laís finalmente reencontraram a mãe. Natural da Bahia, Liliane Silva dos Santos teve complicações após o parto e só agora teve condições de viajar para Goiânia, para onde os bebês foram levados, e revê-las. Com as filhas no colo, ela se declarou. “Que elas não se preocupem, não vai faltar amor para elas, nenhuma das duas. Vai ser todo tempo dedicado a elas. Todo, todo, todo”, afirmou. 

Laura e Laís nasceram de 36 semanas no último dia 15 de agosto, em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo da Bahia. Unidas pela bacia e pelo abdômen e compartilhando fígado, bexiga e intestino, elas foram transferidas no dia seguinte, de avião, para o Hospital Materno Infantil (HMI), referência no tratamento de siameses. Liliane conta que teve complicações após o parto e precisou até passar por uma cirurgia, na qual teve seu útero retirado. Após se recuperar, ela conseguiu vir para Goiânia para ficar com as filhas. Ela celebrou o bom quadro de saúde das meninas, que tiveram alta no último dia 10. “Essas meninas vieram para unir a nossa família e Deus foi maravilhoso. Só delas estarem com saúde para mim já está ótimo, todos exames ter dado tudo ok, isso é maravilhoso. Deus existe e como existe”, afirma. 

Enquanto Liliane estava na Bahia, a irmã dela, Lina dos Santos, foi quem veio para Goiânia para acompanhar as sobrinhas, que ganharam roupinhas feitas sob medida. Liliane tem outros dois filhos homens, um adolescente de 17 anos, e um garoto, de 8, que aguardam ansiosamente para ver as irmãs. “Os irmãos estão numa ansiedade, fazem chamada de vídeo todos os dias para vê-las”, destaca. Liliane, Lina e as gêmeas estão em um abrigo em Goiânia. Os médicos explicam que a cirurgia de separação deve ser feita somente daqui um ano. O HMI, para onde as meninas foram transferidas após o parto, é o único hospital ligado ao SUS capaz de realizar a separação de siameses. Já foram registrados 39 casos desde 2000. Com Laura e Laís, o número passa para 40. (G1)