Berkley ainda informou que nos próximos dias os países membros assinarão os termos do acordo e que outras 38 nações confirmarão se vão aderir à Covax. “Em seguida (aos acordos assinados com os países), na próxima fase dos trabalhos, começaremos a assinar os acordos formais com os produtores e desenvolvedores das vacinas”, complementou.
Estados Unidos, China e Rússia estão entre os países que não fazem parte da lista de membros. Já o Brasil aparece na relação dos que manifestaram interesse de participar da iniciativa.
Durante a coletiva de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ainda lembrou que a Covax é um mecanismo que garantirá uma coalizão global e cobrou por mais cooperação política e financeira.
“Uma vacina ajudará a controlar a pandemia, a salvar vidas e a garantir a verdadeira retomada econômica. Isso (a cooperação financeira) não é caridade, é uma ação que representa o melhor interesse para todos os países. Nós precisamos de um fortalecimento expressivo do compromisso político e financeiro dos países. Não é apenas a coisa certa a ser feita, é a opção mais inteligente a ser tomada”, falou.
Ele também informou que a organização já conseguiu US$ 3 bilhões para o Acelerador de Acesso às Ferramentas (ACT) por meio de parcerias com governos e instituições privadas, mas ressaltou que a entidade ainda precisa de R$ 15 bilhões “imediatamente” para iniciar os trabalhos da Covax nos próximos dias. Esses US$ 15 bilhões seriam usados para “cumprir com nossos prazos ambiciosos”, disse o diretor-geral.
Em relação à vacina, a OMS reafirmou nesta segunda que a meta é ter 2 bilhões de doses para serem distribuídas até o fim de 2021. A diretora do Departamento de Imunização e Vacina da entidade, Kate O´Brien, explicou que essa “quantidade se baseia em vacinas que precisam de duas doses”, mas ponderou que ainda não há um número exato de doses que serão compradas, já que é preciso ter certeza de quantos países irão aderir ao mecanismo Covax. Segundo a OMS, a Covax tem 9 vacinas no portfólio.
(Isto É)