Uma multidão formada por profissionais de enfermagem realizou uma manifestação que tomou as ruas da Barra, em Salvador, nesta quarta-feira, dia 21. O ato contou com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) e atendeu a uma deliberação do Fórum Nacional da Enfermagem de um dia de paralisação, com o objetivo de defender a implementação da lei 14.434/22 e pressionar o Congresso Nacional e o Governo Federal para que garantam as fontes de custeio do piso salarial da enfermagem.
Na Bahia, atos em prol do piso da enfermagem também ocorreram em diversos municípios, entre eles: Santo Antônio de Jesus, Jacuípe, Serrinha, Jacobina, Cachoeira, Feira de Santana, Itaberaba, Santa Rita de Cássia, Valente, Capim Grosso, Monte Santo, Camacan, Ipiaú, Juazeiro, Barreiras e Cansanção.
A presidente do Coren-BA, Giszele Paixão, destacou a importância da mobilização para a categoria. “Nós estamos mobilizados, unidos, em prol da nossa valorização. Nós não vamos permitir que as instituições de saúde continuem lucrando com a exploração de uma categoria tão sofrida. Não dá mais para aceitar um técnico de enfermagem recebendo um salário mínimo e um enfermeiro ganhando 2 mil reais. Profissionais que precisam trabalhar em 2 ou 3 lugares para conseguir sobreviver. Continuaremos mobilizados, porque nenhuma batalha é vencida com silêncio. Continuaremos engajados no campo jurídico e político, porque o nosso piso é justo, é constitucional”, disse.
O piso salarial da enfermagem foi aprovado no Senado Federal, na Câmara dos Deputados e sancionado pela Presidência da República no dia 4 de agosto deste ano. Mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter suspensa a lei aprovada através de decisão cautelar do ministro Luís Roberto Barroso. Com a decisão, está mantido o prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços. (ASCOM-Coren)