O Vitória largou na frente na disputa por uma vaga na final do Campeonato Baiano contra o Barcelona de Ilhéus na tarde deste domingo (10). Jogando na casa do adversário, no estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, o Leão superou a Onça por 2×0. A vitória veio em um jogo marcado por uma atuação polêmica do árbitro Emerson Ricardo de Almeida que, com o auxílio do VAR, anulou um gol do Rubro Negro e não deu um pênalti reclamado pela equipe de Salvador. A arbitragem também anulou um pênalti marcado em campo a favor do Barcelona com a ajuda da tecnologia.
Os gols do Vitória foram marcados por Alerrandro, aos 11 da segunda etapa, e Zé Hugo, aos 51 do segundo tempo. Com força máxima, o time comandado por Léo Condé se impôs no primeiro tempo e criou as principais oportunidades. O Rubro Negro chegou a abrir o placar com o mesmo Alerrandro após Dudu roubar a bola e servir o centroavante. No entanto, ao ser chamado pelo VAR, o árbitro viu falta do volante do Vitória na jogada. Logo depois, o Barcelona teve um pênalti marcado em cima do volante Ramires, mas a marcação também foi anulada.
O Leão da Barra concentrou grande parte das suas ações ofensivas pelo lado esquerdo do ataque com as tabelas entre Patric Calmon e Matheusinho. Foram os dois jogadores, inclusive, os responsáveis pela jogada que terminou no gol de Alerrandro, já na segunda etapa. Após abrir o placar, o Vitória controlou o jogo e conseguiu ainda ampliar a vantagem para 2×0 em grande jogada de Mateus Gonçalves e gol de Zé Hugo.
Os dois times têm, agora, uma semana de treinos até voltarem a campo pela partida de volta da semifinal, que está marcada para o próximo domingo (17), às 16h, no Barradão. O Vitória pode até perder por um gol para chegar até a final do estadual. Já o Barcelona precisa vencer por dois gols para levar o jogo aos pênaltis e três ou mais gols para se classificar de maneira direta no tempo normal. Quem avançar encara o vencedor do duelo entre Bahia e Jequié, que se enfrentam pela outra semifinal do Campeonato Baiano de 2024.
O jogo
O Vitória foi a campo com apenas uma mudança em relação ao jogo contra o Itabaiana, na Copa do Nordeste: o volante Willian Oliveira ganhou a vaga do ponta Mateus Gonçalves para formar o meio de campo com Dudu e Rodrigo Andrade. Com a alteração promovida por Léo Condé, o meia Matheusinho virou ponta, reversando as pontas direita e esquerda do ataque do Leão com Osvaldo.
Enganou-se, porém, quem pensou que a formação com três volantes indicasse uma postura defensiva do Rubro Negro. Desde os primeiros minutos, o Vitória dominou as ações ofensivas e tentou propor o jogo em Ilhéus. O Barcelona, por sua vez, não conseguiu ter a bola e investiu em saídas rápidas para contra-ataques a partir da recuperação da posse. No entanto, a Onça de Ilhéus falhou em passes simples e não conseguiu ser efetivo para incomodar o Leão da Barra.
Aos 13, o Vitória chegou a marcar quando Dudu apertou a saída do Barcelona, tomou a bola de Bruno Ritter dentro da área do time de Ilhéus e serviu Alerrandro, que só empurrou para as redes. Porém, o árbitro Emerson Ricardo foi chamado ao VAR e viu falta na ação de roubada de bola de Dudu, anulando o gol do Leão.
Seis minutos depois o VAR voltou a agir. Isso porque, na primeira vez que conseguiu ter a posse no campo de ataque, aos 19, o Barcelona teve um pênalti assinalado a seu favor. Ramires tabelou com Cesinha dentro da área e sofreu carga de Wagner Leonardo. Chamado à cabine novamente, Emerson Ricardo voltou atrás na decisão e considerou o contato insuficiente para a marcação do pênalti.
Já aos 25, houve a parada técnica por conta do forte calor registrado em Ilhéus com sensação térmica de 36°C. Na volta, o ímpeto do Vitória diminuiu e o Barcelona equilibrou o jogo. Aos 31, o atacante Cesinha teve chance clara de gol ao receber de frente para Muriel na grande área, mas finalizou em cima do goleiro. O Vitória concentrou boa parte das jogadas de ataque pelo lado esquerdo com as subidas do lateral Patric Calmon.
Na volta do intervalo, o jogo seguiu sem chances grandes oportunidades. Até que aos 7, Alerrandro foi derrubado dentro da área, mas a arbitragem mandou o lance seguir. Emerson Ricardo voltou a ser chamado para a cabine do VAR. Mesmo constatando o toque no camisa 9 do Vitória, o árbitro considerou que o contato foi insuficiente para assinalar o pênalti.
Aos 11, no entanto, o Vitória chegou ao primeiro gol na jogada que ensaiava ao longo de todo o jogo. Matheusinho lancou para o lateral esquerdo Patric Calmon chegar até a linha de fundo. Patric colocou a bola na pequena área e Alerrandro se antecipou aos zagueiros do Barcelona para tirar o goleiro Thiago Passos com um leve toque de pé direito.
Depois do gol do Rubro Negro, o jogo voltou a ficar morno. Com a vantagem, o Vitória dominou a posse e controlou as ações. Mesmo atrás do placar, o Barcelona sofreu para criar oportunidades. Só aos 22, o atacante Dionas Bruno, que entrou no lugar de Cesinha, obrigou Muriel a fazer grande defesa após escanteio. Aos 29, a vida do Barcelona ficou ainda mais difícil com a expulsão de Tauã, que levou o segundo amarelo após dura falta em Zeca.
Com um a mais, o Rubro Negro controlou o jogo com facilidade e, aos 51, ainda conseguiu ampliar o placar depois de bela jogada de Mateus Gonçalves, que serviu Zé Hugo, que só cabeceou para as redes.
FICHA TÉCNICA
Barcelona de Ilhéus 0x2 Vitória – semifinal do Campeonato Baiano 2024 (jogo de ida)
Barcelona: Thiago Passos, Hugo Moura, Weslley, Jaques, Reginaldo, Bruno Ritter, Ninho Xavier, Ramires (João Henrique), Hadrian (Tauã), Natan (Andrei), Cesinha (Dionas Bruno). Técnico: Betinho
Vitória: Muriel, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo, Patric Calmon (Lucas Esteves), Willian Oliveira, Dudu (Caio Vinicius), Rodrigo Andrade, Osvaldo (Zé Hugo), Alerrandro (Mateus Gonçalves) e Matheusinho (Iury Castilho). Técnico: Léo Condé
Local: estádio Mário Pessoa, em Ilhéus;
Gols: Alerrandro, aos 11 do segundo tempo; Zé Hugo, aos 51 do segundo tempo;
Público: 3.841
Renda: R$ 99.340,00
Arbitragem: Emerson Ricardo de Almeida Andrade, auxiliado por Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Edevan de Oliveira Pereira