Na manhã desta sexta-feira (17), o Sindsaúde realizou uma manifestação no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus reivindicando melhores condições de trabalho. Segundo o Sr. Benivaldo Bonfim, vice-diretor do sindicato que representa a categoria, o sindicato e os trabalhadores “não aguentam mais os constantes atrasos salariais e as más condições de trabalho.” Com relação aos atrasos, ele informou que há dias os trabalhadores deveriam ter recebido, mas isso até o momento não aconteceu e ressalta que esse é um problema que ocorre com frequência. Quanto as condições de trabalho, ele contou que os banheiros usados pelos trabalhadores estão em péssimas condições, a alimentação não é adequada e, além disso, eles alegam que sofrem “perseguições internas” e são impedidos de utilizar o elevador. O responsável pela administração do Hospital Regional é o Instituto Fernando Filgueiras e, segundo o entrevistado, o sindicato “tem buscado contato, mas sem êxito.” A única resposta que tiveram da empresa é que eles dependem do governo para pagar os salários dos trabalhadores.
De acordo com o representante do Sindsaúde, essa situação é recorrente em outros hospitais do Recôncavo Baiano, como no Hospital Regional de Castro Alves. Inclusive nesta quarta-feira (15), os servidores paralisaram as atividades para exigir condições de trabalho dignas. Os atrasos salariais já duram 2 meses e os funcionários que foram demitidos não receberam os direitos da rescisão contratual. O Sindsaúde na segunda-feira (20) vai dialogar com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) para tentar solucionar a situação do Hospital de Castro Alves.
Ainda de acordo com Sr. Benivaldo Bonfim, o funcionamento do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus não foi comprometido por conta da manifestação. Os colaboradores estão exercendo suas atividades, mas também estão fazendo intervenções através de panfletagem objetivando a conscientização. Essa atitude é uma advertência, pois, se as reivindicações não forem atendidas uma greve pode ser deflagrada. Segundo o vice-diretor, “é preciso que a administração seja mais respeitosa para com os trabalhadores.” (Tribuna do Recôncavo)