A obra de revitalização do galpão de confecções da Feira livre, em Santo Antônio de Jesus, ainda não foi entregue pela prefeitura municipal e já está provocando polêmica. Cerca de 30 feirantes procuraram o Voz da Bahia para reclamar que o projeto original foi alterado e temem ficar sem espaço para trabalhar. Henrique Amorim, um dos trabalhadores do local questiona a forma que a prefeitura vem fazendo a reforma do local, se você verificar o que eles estão fazendo? Vai ver que não é uma reforma; eles apenas tiraram a cobertura do local”, afirma. O outro motivo da revolta de uma parte dos feirantes é porque segundo eles o projeto da prefeitura teria se comprometido em remanejar os trabalhadores que ficam na parte da frente para o fundo do galpão, porém segundo os próprios trabalhadores, esse mesmo projeto já foi feito na gestão passada e não obteve sucesso, “eu acho que a secretaria nunca esteve aqui na feira para fazer uma coisa dessa. Se ela frequentasse esse local ela saberia que o que ela quer fazer não dar certo pois precisamos de espaço para nossos clientes, principalmente em período de festa como São João e Natal”, retrucou.
Feirantes em frente ao Sindicato Rural de Santo Antônio de Jesus / Foto: Voz da Bahia
Posicionamento da secretaria de agricultura e Meio Ambiente: O Voz da Bahia também entrou em contato com a secretaria de agricultura e meio ambiente, Maria de Fátima Pereira, conhecida Fátima do Benfica que esclareceu alguns fatos questionados pelos feirantes. Segundo ela, o Galpão de Confecções precisava passar por uma intervenção devido a inúmeras avarias que havia no local, “no início de dezembro quando essas avarias começaram a ser vistas em maior risco, nós tivemos que fazer uma intervenção imediata para prover o mínimo de segurança possível. Tivemos uma reunião antes da intervenção com todos eles e mostramos a necessidade da retirada dos mesmos porque os risco era iminente”, explica. A secretária ainda relata que durante a reunião foi pedido 15 dias no início do ano pois segundo os próprios feirantes, é uma época no qual as vendas caem. Sobre a retirada da cobertura, a Fátima explica que foi necessário, “nós retiramos toda a cobertura por causa do risco, porém não podemos retirar e colocá-las toda em oito dias, porque não se trata de mágica. A pessoas precisam compreender que existe um tempo hábil para tal procedimento, contudo nesta sexta-feira (11) já começamos a arrumar as barracas para que eles voltem a seus trabalhos”, afirmou.
Posições das Barracas: Sobre os posicionamentos das barracas, a secretaria de agricultura e meio ambiente, posiciona uma preocupação com o solo do município e direitos iguais a todos os feirantes, “todos devem estar dentro do galpão, nós temos 286 permissionários na feira de confecções de Santo Antônio de Jesus, o direito que vai a um é o direito que vai a todos; se todos tem o seu espaço garantido dentro do galpão, todos irão para dentro do galpão, porque eu preciso ter um ordenamento de solo. A cidade vem sofrendo com a desorganização dos espaços públicos, até para a circulação veicular”, esclareceu. Fátima ainda admite que as barracas que não estão dentro do galpão, estão na rua onde há moradores que possuem seus direitos de colocar seus veículos e tirar das suas garagens, “temos que dar a condição de ir e vir para todos, assim como temos que obedecer os deveres e não legislar em causa própria; fizemos o que pôde o mais rápido possível para não prejudicar nenhum deles e agora iremos organizar a disciplinar o espaço sem nenhum tipo de desconforto e insegurança do telhado cair na cabeça de ninguém”, disse. Fátima reforça que já existe esse ordenamento das barracas, “todos eles têm sua numeração, eles tem um contrato específico com as numerações deles, além de carteirinhas, então nós iremos colocar cada um no seu devido espaço físico”, finaliza.
