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Bahia corre risco de perder quatro pontos no Brasileirão; clube se defende

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia pode ser punido com a perda de quatro pontos por extrapolar o limite estabelecido pela CBF de jogadores inscritos vindos de outras equipes que disputam o Campeonato Brasileiro. A denúncia é do jornalista Andre Kampff, do Uol Esportes. Durante a pausa da competição nacional, a diretoria Tricolor anunciou a contratação de seis jogadores, número que ultrapassa o limite estipulado pelo Regulamento Específico do Campeonato Brasileiro da Série A. Consultado pela reportagem, o especialista em direito esportivo Vinícius Loureiro afirmou que o clube pode ser denunciado pelo descumprimento dos artigos 191 e 214.

“Eu entendo que esse clube deve ser denunciado com base no art. 214 em todos os jogos em que o último desses seis jogadores contratados esteve na súmula. Se todos pertenciam a clubes da Série A, em tese a CBF não deveria aceitar o registro. E, sem o registro, o jogador não teria condições de jogo. Se houve registro irregular e o atleta jogou, o clube pode ser denunciado com base no artigo 214 do CBJD, e a CBF, por descumprir o regulamento e registrar o atleta, pode ser denunciada com base no art. 191”.

Foram anunciadas as contratações de Juninho e Guerra, do Palmeiras, Marllon e Lucca, do Corinthians, Ronaldo, ex-Flamengo, e Wanderson, que veio do Athletico-PR. Em nota, o clube se defendeu da reportagem e afirmou que não há irregularidade nas contratações.

“Não faziam parte da competição, não foram inscritos e nem tiveram condição de jogo nesta temporada por Corinthians ou Athletico, seus clubes de origem até irem jogar no Catar e no Japão. Desta forma, as reativações de seus contratos no Brasil antes do acerto com o Bahia se deram meramente para cumprimento das normas de transferências internacionais, não estando eles – em tempo algum – aptos a jogar por outro clube no Campeonato Brasileiro 2019, senão pelo próprio Bahia. A inscrição dos atletas obedeceu às normas previstas pela competição, havendo inclusive referência de diversos casos equivalentes validados pela própria Confederação Brasileira de Futebol, sem eventuais irregularidades”. (Varela Notícias)