Para concorrer a qualquer uma das duas funções, é necessário possuir o curso superior completo. Malheiros ressalta que, nos últimos concursos, não foi exigida uma formação específica e que a tendência é que o novo edital mantenha esse comportamento. O advogado salienta que o analista é o responsável por realizar as atividades acessórias e preparatórias para as atribuições do auditor fiscal, a exemplo dos exames de matérias e processos administrativos. “Já o auditor é quem constitui o crédito tributário via lançamento, realizando os procedimentos de fiscalização”, explica.
Como a concorrência é alta e muito qualificada, em concursos como esse, não é possível negligenciar nada. Com uma vasta experiência nesse tipo de preparação, Malheiros diz que já viu bons candidatos perderem grandes oportunidades por não alcançarem notas mínimas em algumas matérias. “Bons candidatos já foram reprovados por não acertarem o mínimo em matérias que pensavam ser irrelevantes. É importante o candidato ter um estudo com regularidade e segurança, além de conhecer a legislação aduaneira e o comércio exterior “, esclarece, destacando que as disciplinas básicas de área fiscal são contabilidade, tributário, auditoria, português e os direitos constitucional e administrativo. “Não dá para negligenciar de forma alguma a legislação tributária federal (específica para essa prova)”, completa.
O professor lembra que, para o cargo de Auditor, haverá um aprofundamento maior em matérias específicas e que, para esse novo concurso, a ESAF não fará a banca organizadora. “Além disso, o processo desse concurso deve ser célere como o de 2014 por causa dos prazos (lei de eleições), então é possível que venha uma prova muito parecida com a anterior (sem Direito civil, empresarial e penal). No entanto, eu apostaria em TI porque é uma matéria que é tendência em todas as provas de fiscal atuais”, orienta.
André Malheiros conclui destacando que o concurso para a Receita é esperado desde 2014 e que, por isso mesmo, muita gente está focada exclusivamente nele desde então, afinal, a expectativa inicial era de que esse tipo de concurso fosse realizado a cada três anos. “Estamos aguardando uma prova bastante técnica, porém com cobranças justas. É importante o candidato se atentar aos detalhes. O que diferencia o aprovado do reprovado, são a preparação emocional e o foco nos detalhes”, finaliza.
Vale lembrar que as nomeações, que haviam sido anunciadas anteriormente para até o dia 31 de dezembro deste ano (2021), deverão ser adiadas para 2022.
Confira as matérias cobradas nos últimos concursos de Auditor e de Analista da Receita Federal:
Auditor
Língua Portuguesa
Espanhol ou Inglês
Raciocínio Lógico-Quantitativo
Administração Geral e Pública
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Tributário
Auditoria
Contabilidade Geral e Avançada
Legislação Tributária
Comércio Internacional e Legislação Aduaneira
Analista
Língua Portuguesa
Espanhol ou Inglês
Raciocínio Lógico-Quantitativo
Administração Geral
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Tributário
Contabilidade Geral
Legislação Tributária
Legislação Aduaneira
Fonte: Correio