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Mulher é presa suspeita de oferecer filha de 14 anos para prostituição

Uma mulher de 35 anos foi presa por oferecer a filha adolescente, de 14, para prostituição em São Paulo. A mulher foi detida depois de uma denúncia, por um dos homens em que ela trocava mensagens com oferecendo programas com ela e a filha juntas. A mulher teria abordado uma série de homens oferecendo relação sexual em troca de dinheiro. No bate-papo, ela oferece aos homens que pareciam ser clientes, relações com a filha e com ela, sendo que o programa com a menina custaria R$ 100. 

A mulher chega a dizer que está ensinando a menina para oferecer os serviços prometidos, segundo informações da polícia cedidas à imprensa local, ela tem histórico de utilização de entorpecentes. O mandado foi cumprido nesta terça-feira (1), ela foi presa e as duas filhas encaminhadas ao conselho tutelar e estão em abrigos provisórios.

Veja o que se sabe até agora sobre o caso:

Como a polícia descobriu o caso?

A mulher foi denunciada no início da semana pela família do namorado da irmã da vítima de 14 anos. De acordo com o delegado responsável pela investigação, a adolescente estava com o aplicativo de troca de mensagens logado em seu telefone quando percebeu uma troca intensa de mensagens.

Ao ler as conversas, viu a mãe se oferecendo para serviços sexuais em troca de dinheiro em um pacote que incluía a irmã de 14 anos.

As mensagens foram levadas à Polícia Civil, que pediu a prisão temporária da mulher. A suspeita foi presa nesta terça-feira (1°) após a Justiça acatar o pedido da polícia.

Como a mãe oferecia a filha e por quanto?

Na troca de mensagens, a mulher abordava os homens e oferecia serviços sexuais que começavam com a adolescente de 14 anos e depois encerravam com ela. No ‘pacote’, os serviços dela, que se dizia experiente, custavam R$ 150 e da adolescente R$ 100. Nas conversas, ela frisava que não era possível ter relações com as duas, de forma simultânea, apenas separadamente.

Em uma das conversas, ao ser questionada por um homem se a menina sabia o que fazer, alegou que estava a ensinando e chegou a detalhar o tipo de relação que a menina saberia fazer. Em outras, dizia aos possíveis clientes que eles poderiam ensina-la o que fazer.

O que a suspeita alegou à polícia?

Na delegacia, a mãe alegou a polícia que não foi ela quem fez a troca de mensagens. Ela disse para a polícia que seu aplicativo de mensagens havia sido invadido dias antes e a oferta teria sido feita neste momento. A mãe tem histórico de uso de drogas e no momento está desempregada.

Ela vai ser mantida presa?

A prisão dela é de 30 dias, mas pode ser ampliada caso a investigação avance e entenda que ela representa algum risco para a apuração. Inicialmente, o delegado informou que pediu a prisão dela por entender que havia o risco, já que envolve duas adolescentes, que estavam sob a tutela dela e isso poderia influenciar a decisão de falar ou não a verdade. Além disso, a polícia e a Justiça entenderam que o crime investigado é grave e que as filhas estavam sendo expostas ao risco.

Para onde as filhas da mulher foram levadas?

As filhas foram recolhidas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas para abrigos provisórios, com endereços não divulgados. Durante a investigação, elas vão ser mantidas nesses locais.

Quais são os próximos passos da investigação?

A polícia vai ouvir a irmã da adolescente ainda esta semana para ter detalhes do comportamento da mãe e busca a identidade dos homens com quem ela falou para saber se os programas foram consumados. As trocas de mensagens também vão ser enviadas à perícia. Caso se confirme que houve relação sexual com adultos, a terceira pessoa envolvida também pode ser presa.

Fonte: G1