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Análise: frágil na defesa e refém de Endrick no ataque, Brasil precisa se reinventar por vaga em Paris

O Brasil foi superado pelos paraguaios em todas as características determinantes de um jogo: técnico, físico, tático e até comportamental .O Paraguai se impôs no campo de ataque desde o início, levou a melhor nas divididas, dificultou a saída de bola do time de Ramon e atropelou nas disputas pelo alto. A derrota do Brasil para o Paraguai na estreia do quadrangular decisivo do Pré-Olímpico foi daquelas assustadoras, onde praticamente impossível achar um só ponto positivo. Frágil na defesa e nula no ataque, a Seleção viveu de suspiros de um Endrick que até criou boas chances, mas pecou na hora de decidir.

O pênalti perdido quando o placar estava 0 a 0 acaba jogando os holofotes para cima do garoto que praticamente “inventou” as jogadas mais perigosas do Brasil quatro vezes no primeiro tempo. A impressão que fica, e não é de hoje, é de que o garoto do Palmeiras precisa se virar diante de defesa em superioridade numérica para levar a Seleção ao gol com o auxílio de John Kennedy. Dessa vez, não deu, veja a estáticas :

Brasil x Paraguai

  • Posse de bola: 55% x 45%
  • Finalizações: 5 x 19
  • Finalizações no gol: 1 x 6
  • Passes trocados: 314 x 238
  • Faltas cometidas: 14 x 21
  • Escanteios: 2 x 7

Muito pouco para um Brasil que teve a melhor campanha da primeira fase, mas também pouco balançou as redes sem a presença decisiva de Endrick e John Kennedy. As 19 finalizações paraguaias contra apenas cinco da Seleção ajudam a explicar um pouco o que foi o jogo na tarde de segunda-feira em Caracas. Nem mesmo quando o Paraguai se recuou e apelou para cera, a Seleção conseguiu pressionar – na reta final.

As baixas por lesão de três titulares reduziram as opções de Ramon Menezes, é importante pontuar. Michel, Kaiki Bruno e Marlon Gomes eram peças importantes, principalmente na organização defensiva, mas falta repertório para um time que já vê o sonho do tri olímpico ameaçado. (G1)