A Bahia tem o maior número de casos confirmados de catapora no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e 21 de agosto deste ano, foram 482 ocorrências. Os dados ainda podem ser revisados.
Já a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) contabilizou até a sábado (28), 743 pacientes e 19 surtos. Nessa sexta-feira (30), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o crescimento de casos está associado à vacinação.
Dos 417 municípios do estado, 147 notificaram casos da doença. As cidades de Prado, Pedrão e Pindobaçu lideram a lista de infecções por habitante. O subsecretário da Sesab, Paulo Barbosa, disse que a secretaria está acompanhando. “A vigilância está atenta e esperamos que possamos resolver em um breve espaço de tempo”, disse.
A catapora tem o nome científico de Varicela, é provocada pelo vírus Varicela-Zoster e é mais comum em crianças. Apesar de ser geralmente benigna, a principal preocupação é que essa é uma doença altamente contagiosa. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a Bahia é o estado com o maior número de infecções do país. Em segundo lugar aparece Minas Gerais (472 casos), sendo seguido por Roraima (382), Paraná (374) e Rio Grande do Sul (268).
“A questão da catapora é fundamentalmente vacinação. Temos vacina disponível, então, é preciso estimular que as crianças não deixem de ser vacinadas como forma de proteção contra essa doença”, afirmou a ministra durante visita ao Hospital Martagão Gesteira.
A catapora pode provocar sintomas como manchas vermelhas e bolhas no corpo, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa. A recomendação é sempre que perceber os sintomas procurar o serviço de saúde e manter o afastamento de outras pessoas, porque a transmissão é rápida. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados.
Segundo a Sesab, a maior incidência tem sido em bebês menores de 1 ano de idade, uma média de 26,2 casos para cada 100 mil habitantes, e em crianças de 1 a 4 anos, com 15,5 confirmações para cada 100 mil habitantes. Em termos de gênero, a incidência tem sido quase igual, sendo 50,3% dos pacientes do sexo masculino e 49,7% do sexo feminino.