O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinará nesta quinta-feira (6) uma medida provisória (MP) que prevê a liberação de quase R$ 2 bilhões para investimento na produção da vacina contra o novo coronavírus. Marcado para as 18h, o evento para a assinatura da medida já consta na agenda presidencial. Segundo informações, esse valor será destinado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fechou acordo com a farmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Mais cedo, o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, já havia adiantado que a estimativa de entrega da vacina de Oxford seria em dezembro deste ano. Ele citou um contrato para que o Brasil adquirisse parte da tecnologia e pudesse produzir a imunização em solo nacional, criando independência em relação a outros países.
Medeiros também não descartou o interesse do ministério em adquirir outras vacinas que estão sendo testadas no combate à covid-19. “O Ministério da Saúde terá interesse em adquirir a primeira vacina que ficar disponível para a população, desde que essa vacina tenha a eficácia comprovada”, disse ele durante coletiva.
Eduardo Macário, Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, pontuou que a distribuição seria similar à que ocorre no caso da campanha de vacinação para a gripe. “Estamos nos preparando da melhor forma possível”, afirmou, acrescentando ser necessário entender o público-alvo mais adequado e se a imunidade é permanente.
UnB iniciou testes hoje
A Universidade de Brasília (UNB) começou a fazer testes quanto à eficácia da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Neste primeiro dia, participaram do estudo cinco profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à doença. A vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas.
Na capital federal, os testes são feitos em ambulatório do Hospital Universitário de Brasília, que é um dos 12 centros no Brasil que participam da fase 3 do ensaio clínico.
Nesta etapa, é verificada a segurança e eficácia da droga. Os resultados apresentados na fase 2 de desenvolvimento foram considerados promissores pelos pesquisadores, que apontam a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização.
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