Um estudo feito por pesquisadores da Fiocruz indicou que os adultos infectados pela variante brasileiro P.1 do coronavírus, identifica em Manaus (MA), possuem 10 vezes mais coronavírus no corpo (carga viral) do que as pessoas infectadas por outras variantes do vírus.
De acordo com a pesquisa, uma carga viral maior faz com o que o coronavírus se espalhe mais rápido e contamine pessoas com mais agilidade. O estudo ainda não foi publicada em uma revista científica, mas está disponível de forma online.
“[Se] a pessoa tem mais carga viral nas vias aéreas superiores, a tendência é que ela vai estar expelindo mais vírus – e, se ela está expelindo mais vírus, a chance de uma pessoa se infectar próxima a ela é maior”, explicou Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazonas e líder do estudo ao G1.
Os pesquisadores analisaram 250 códigos genéticos durante quase um ano. O estudo demonstrou um pico da doença em abril de 2002 e o segundo no final do ano passado e início de 2021.
O pesquisador disse ainda que não há relação entre a quantidade de vírus no corpo e a gravidade da doença.
“Carga viral não está relacionada com gravidade – a gente tem pacientes com alta carga viral e sintomas muito leves ou até sem sintomas”, diz o pesquisador.
A P.1 já vinha sendo apontada, desde o início de 2021, como uma das mutações mais
Felipe Naveca explicou ao G1 que, entretanto, não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da doença ou, até mesmo, presença deles.
“Carga viral não está relacionada com gravidade – a gente tem pacientes com alta carga viral e sintomas muito leves ou até sem sintomas”, diz o pesquisador.
A P.1 já vinha sendo apontada por vários pesquisadores ao redor do mundo como mais transmissível. Isso ocorre porque o vírus sofreu mutações na região que usa para infectar outras células humanas.
(Redação: Ibahia / Informações: G1)