Foto: Agência Pará
O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) vem sofrendo pressão e cobranças para punir médicos que receitem medicamentos e tratamentos para a Covid-19 sem eficácia cientificamente comprovadas. Mas a entidade não pretende ceder.
A entidade atribui as reclamações e denúncias nesse sentido à politização das questões que envolvem a pandemia e os medicamentos. “Essa tendência e viés de querer denunciar é porque a coisa foi politizada. Vemos claramente que é um grupo político querendo denunciar o outro. E a gente do Conselho não quer e não vai se envolver”, disse Júlio Braga, cardiologista, intensivista e vice-presidente do Cremeb.
Desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil o tratamento para a infecção se tornou assunto tratado além dos laboratórios, hospitais e consultórios médicos. O tema seguiu a tendência de polarização nacional e também ficou no centro do debate político.
A crise sanitária da Covid-19 no fim deste mês de janeiro completará um ano que recebeu a classificação de pandemia. Até o momento nenhum medicamento teve eficácia comprovada cientificamente no tratamento da infecção. No início de dezembro de 2020 os primeiros países do mundo iniciaram a vacinação de suas populações a partir de autorizações emergenciais de agência reguladoras. Mas para quem está doente, e principalmente para os casos mais graves, diversas drogas e protocolos seguem sendo testados.