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Empresária se reinventa na pandemia e se destaca no ramo da panificação artesanal

A REINVENÇÃO DO PÃO
O ano era 2020. Diante do recolhimento compulsório imposto como uma das medidas de
prevenção contra o COVID-19, sobrou tempo para que a Chef Valcene Brito, proprietária de
empresa de buffet para festas, setor este, como é sabido, brutalmente afetado com a pandemia,
revisitasse as suas memórias de infância e consultasse, com mais frequência naqueles dias, o
caderno de receitas escritas de próprio punho pela sua mãe (in memorian) desde 1990.
Recordações de cheiros e sabores com afeto: esses foram os primeiros e principais ingredientes
para a receita de sucesso que hoje é a Culinária Artesanal.

Se toda caminhada começa no primeiro passo, logo a da Culinária Artesanal tornou-se uma
corrida em esteira rolante. Elementos da sua infância na roça, que também dizem muito sobre
regionalidade e interiorização do culƟvo de algumas frutas, como o jenipapo, por exemplo,
ganharam espaço de destaque nas suas criações, assim como o capim-santo, a beterraba e até
algumas plantas alimenơcias não convencionais (PANCs), como a clitória.
Criações estas que proporcionam experiências surpreendentes a parƟr de criações inusitadas à
mesa, fazendo parte do fenômeno da gourmeƟzação da gastronomia, porém abrindo espaço
para que o singelo fosse valorizado: tem-se na simplicidade o novo requinte.

O resgate de elementos da cozinha que a poeira do tempo já havia acobertado, combinado com
aplicações de ingredientes incomuns e também aqueles que fazem parte da roƟna, porém de
forma criaƟva, insƟgam conexões neurais sobre quando, quem e onde. Assim, a primeira grande
estrela da panificação sob assinatura da Chef Valcene foi sobre antepassados à cozinha, quando,
na falta da manteiga, a sua avó fritava banana da terra para colocar no pão comum: o pão de
banana da terra. Desde então, tendo se tornado uma microempresa familiar, a Culinária Artesanal vive o
crescimento exponencial em sua produção que já ultrapassa os limites do município de Santo
Antônio de Jesus, e ampla aceitação e conexão com os clientes; sem deixar de buscar
aperfeiçoamento e capacitação na sua jornada.

convergindo experimentos peculiares e preparos
tradicionais com pitadas de invenƟvidade e promovendo inclusão de alérgicos, intolerantes,
veganos e vegetarianos, e quem busca opções alimenơcias mais saudáveis no seu cardápio.
Esperar mais do mesmo é algo não contemplado por quem conhece a Culinária Artesanal, afinal,
conforme a Chef Valcene, “o comum todo mundo já faz”, frase curta e asserƟva que evidencia
que ser diferente é a diretriz desse empreendimento modelo.