Novo modelo vai economizar papel, mas logística preocupa especialistas
O ano de 2020 nem chegou ainda e já está dando o que falar. Nesta quarta-feira (3), o Ministério da Educação (MEC) informou que no ano que vem 50 mil candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) farão a prova na versão digital. A mudança faz parte de um projeto que deverá ser concluído em 2026, quando 100% das provas serão online. A medida dividiu opiniões. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o objetivo é modernizar o processo seletivo, além de torná-lo mais ágil e econômico. Durante entrevista, em Brasília (DF), ele informou que 2020 não se trata de um teste, mas de uma aplicação-piloto, em que a avaliação das questões objetivas e a redação será online. Os 50 mil candidatos que farão o novo modelo correspondem a 1% da população do Enem.
“Há 100 anos, o Brasil faz exames de seleção da mesma forma, no papel. O que a gente quer é seguir o mesmo padrão que é feito lá fora (em outros países). A pessoa vai até o computador, se identifica, é feita toda a certificação, com segurança, faz a prova, e recebe todos os comprovantes para ter tranquilidade de que não terá nenhuma troca, fraude, etc. E com isso ganha-se muito mais agilidade, perspectiva para o futuro e adaptação”, disse.