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A hidroxicloroquina mostrou algum efeito antiviral no organismo de macacos infectados com o novo coronavírus, mas não teve resultados quando testada em um modelo de vias aéreas dos humanos, mostrou um estudo (em inglês) publicado hoje na revista Nature. Segundo os pesquisadores franceses, “a hidroxicloroquina mostrou atividade antiviral em células renais do macaco verde africano, mas não em um modelo de epitélio das vias aéreas humanas reconstituído”.
Nos testes com macacos, os cientistas afirmam ter usado diferentes estratégias, inclusive administrar a hidroxicloroquina em combinação com a azitromicina. Tanto o medicamento sozinho, quanto combinado não teve resultado significativo nos primatas a ponto de ser considerado eficaz.
Quando utilizada como profilaxia, a hidroxicloroquina não resultou em proteção contra a infecção, dizem os pesquisadores.
“Nossos resultados não apoiam o uso de hidroxicloroquina, isoladamente ou em combinação com azitromicina, como tratamento antiviral para a covid-19 em humanos”, escreveram os cientistas.
O estudo foi uma parceria entre as universidades de Paris e de Aix-Marselha, do Instituto Pasteur e do Centro Nacional de Referência de Vírus das Infecções Respiratórias da França e envolveu vários especialistas. Até agora, não há comprovação científica da eficácia da hidroxicloroquina ou da cloroquina no combate à covid-19.
Outra pesquisa e mesmo resultado
Um outro estudo, também publicado hoje na revista, afirma que a cloroquina não inibe a infecção de células pulmonares em humanos infectados com o novo coronavírus.
Um dos resultados apontados pelos pesquisadores aponta que uma prótese celular responsável por ativar o vírus torna a infecção pela covid-19 “insensível à cloroquina”. Além disso, o medicamento “não bloqueia a infecção” na linha celular pulmonar.
“Estes resultados indicam que a cloroquina tem como alvo uma via de ativação viral que não é operativa nas células pulmonares e é improvável que proteja contra a disseminação da Sars-CoV-2 (nome científico do vírus) nos pacientes”, escreveram os cientistas.
Esse segundo estudo foi comandado por universidades e laboratórios da Alemanha e da Rússia. Fonte: UOL