O governo da Indonésia adiou para o próximo domingo (18) a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, condenado por tráfico de drogas. O brasileiro seria morto por fuzilamento no sábado (17), mas a data foi alterada nessa quinta-feira (15).
Marco foi detido em 2003, tentando entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em uma asa-delta. Foi condenado por tráfico de drogas e preso, um ano depois. Em 2012, ele chegou a pedir que a presidente Dilma Roussef fizesse uma intervenção na decisão do governo da Indonésia. Dilma conversou com o então presidente Susilo Bambang Yudhoyono e entregou uma carta apelando pela não punição do brasileiro.
Entretanto, o atual presidente Joko Widodo está impondo uma linha mais dura contra o tráfico de drogas, diferente do seu antecessor. Widodo prometeu executar todos os traficantes e é a favor da pena de morte, por acreditar que as gerações futuras podem ser afetadas pelo tráfico.
Segundo informações, o brasileiro ficou assustado após saber da execução. Ele ficará isolado até o dia do fuzilamento, de acordo com o procedimento de preparação do país. Após a decisão do governo indonésio, uma tia do brasileiro antecipou a viagem para visitar Marco.
Além dele, outro brasileiro também está preste a ser executado na Indonésia. Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, teve seu pedido de clemência rejeitado pela Indonésia. O paranaense também foi preso por tráfico de drogas e aguarda no corredor da morte. (Folha de S.Paulo)