Após acusações do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) sobre supostas fraudes nas eleições de 2018, a Justiça Federal de São Paulo solicitou provas que indiquem inconsistências no sistema eletrônico de votação no país.
Nesta quinta-feira (4), a Advocacia Geral da União (AGU), que defende judicialmente os interesses do governo federal, pediu o trancamento do processo sem a análise do mérito.
A ação foi pedida pela Associação Livres, com dissidentes do PSL, antigo partido do presidente. “Como há muito tempo Jair Bolsonaro faz tais declarações e não apresenta prova alguma, apenas por meio do Poder Judiciário é que se pode responder duas perguntas advindas da referida afirmação: Houve fraude eleitoral em 2018? Onde estão as provas?”, questionou.
Ainda não foi apresentada nenhuma evidência sobre a denúncia feita por Bolsonaro. A justificativa dada para o encerramento do processo foi que associação não tem legitimidade para propor a ação civil pública e que já existe outro em curso, da 4ª Vara Federal do Ceará, sobre o mesmo tema. A lei não permite ações com o mesmo objeto para não correr o risco de serem encerradas com decisões divergentes.
Anteriormente, após a invasão de apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Congresso americano para impedir a legitimação do resultado das eleições no país, Bolsonaro menosprezou o sistema eleitoral brasileiro e a reivindicou a vinda do voto impresso, como nos EUA.
“Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, vamos ter um problema pior que os Estados Unidos”, declarou no dia 7 de janeiro. (Metro1)