O cantor Igor Kannário foi liberado do Núcleo de Prisão em Flagrante, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, no final da tarde desta quinta-feira (8), após o juiz expedir um alvará de soltura. De acordo com o advogado do cantor, Geraldo Gerônimo Bastos, o juiz acatou o pedido de habeas corpus encaminhado pela defesa do músico e desconsiderou o crime de tráfico.
Ainda de acordo com o advogado, o cantor já está em casa. Ao ser preso e autuado em flagrante por tráfico de drogas, Kannário estava acompanhado de dois integrantes da sua banda – Lázaro de Jesus, 50 anos, que negou ter consumido ou ser dono da droga e foi liberado. João Pedro Laurentino, 27 anos, que foi autuado por tráfico e continuava detido junto com o cantor também foi liberado no final desta tarde. De acordo com a polícia, foram encontrados sob domínio dos pagodeiros cerca 8 “dolões” de maconha, o equivalente a 30 cigarros da droga. A quantia foi suficiente para que os dois fossem autuados por tráfico, embora ambos tenham alegado que a maconha era para consumo próprio. A lei não determina uma quantidade específica para o crime de tráfico de drogas, ficando o tema à interpretação da polícia e, posteriormente, da Justiça. O trio estava voltando do estúdio, onde estavam ensaiando e gravando uma música, caminhando pela rua Saldanha Marinho quando foram parados pela PM. No depoimento, Kannário disse ao delegado que que recebeu a maconha de fãs e que é comum durante shows os fãs jogarem drogas no palco.
Confusões e polêmica – Kannário é conhecido por se envolver em polêmicas. Em 2012, ele destruiu um quarto de hotel em Aracaju e brigou com um funcionário. Por volta das 5h da manhã , o cantor agrediu um funcionário do Hotel River Side, onde estava hospedado. “Ele estava muito alterado, falando palavrões e acompanhado por algumas meninas que aparentavam ter entre 13 e 14 anos”, revelou Cristiane Santos, a gerente do hotel, na época. Kannário negou a versão do hotel e disse que a briga começou depois de ser agredido por um funcionário. No mesmo ano, ele teve o carro apreendido em uma blitz dirigindo sem carteira de habilitação. A situação voltou a se repetir em 2013.