Populares que circulavam pela área central de Jaguaquara neste sábado (12/6) se assustaram com uma invasão a um prédio onde localiza-se um escritório de advocacia na Rua Ciqueira Campos, Praça JJ – Seabra, ao lado da Prefeitura da cidade. Um indivíduo identificado como Agrinel Oliveira da Costa, totalmente descontrolado, utilizando pedras, destruiu vitrines para ter acesso a área interna do prédio e invadiu uma clínica odontológica instalada no local. Por várias vezes, o indivíduo atirou pedras contra portas e janelas da clínica Oralclin, que ficou destruída com a ação, que durou cerca de 20 minutos, por volta das 15h.
As polícias Civil e Militar foram acionadas, mas quando uma guarnição da PM chegou ao local, tendo informado que atendia a outra ocorrência, o homem já havia sido controlado por populares que encorajaram-se para conter Agrinel, estava visivelmente exaltado. Ele foi conduzido para a Delegacia Territorial local, sendo constatado que Agrinel Oliveira da Costa é filho de Paulino Pereira Costa, ”Jaú”, que encontra-se preso no Conjunto Penal de Jequié, condenado por haver praticado duplo assassinato na madrugada de 28 de setembro de 2009 em uma fazenda na localidade Rio Preto do Andaraí, zona rural de Jaguaquara.
Na Delegacia, o filho do presidiário disse ter chegado de São Paulo há um mês e, ao ser indagado sobre o motivo de ter invadido o prédio, revelou que queria chegar a um escritório de advocacia de Cristiano Moreira, advogado que representou a defesa do seu pai em júri popular, quando Paulino foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado, em 22 de julho de 2011, no Fórum de Jaguaquara.
Durante o depoimento, ele afirmava que estava revoltado com a condenação do pai, negou ter usado droga e conversou com o advogado do presidiário, chegando a pedir desculpas ao doutor Cristiano Moreira. Agrinel foi encaminhado para a sede da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, em Jequié. O presidiário Paulino Pereira teria cometido duplo assassinato contra os irmãos farmacêuticos Marcos Vinícius e Expedito Ribeiro da Silva, da cidade de Jequié, que foram mortos a golpes de machado, cujo crime ganhou ampla repercussão na imprensa à ocasião. (Blog Marcos Frahm)