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“Por que a imprensa tem tanto medo de falar abertamente que o Gugu era gay?”, questiona Leo Dias

Foto: Reprodução

O jornalista Leo Dias publicou na sua coluna, nesta quinta-feira (12), o questionamento sobre a sexualidade do ex-apresentador Gugu Liberato. Após inúmeras afirmações e divulgações sobre o suposto relacionamento de Gugu com o Chef brasileiro Thiago Salvatico, apontado como namorado de Gugu Liberato, Leo contou como teve conhecimento sobre o assunto. Na publicação, o jornalista afirmou que recebeu as fotos do apresentador com o suposto namorado durante um passeio que fazia no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, após ser abordado por um homem. “Ele disse ser amigo de uma moça que administrava as redes sociais do Gugu e me entregou fotos do apresentador com Thiago Salvatico, com quem o apresentador namorava na época de seu falecimento”, contou Leo.

“Vibrei com aquela bomba que havia caído dos céus nas minhas mãos. Só que eu não imaginava que ia enfrentar uma enorme resistência da empresa para a qual eu trabalho, o UOL, que assim como quase toda a imprensa brasileira insiste em viver uma mentira que o Gugu criou para a vida dele”, criticou o jornalista.

De acordo com Leo, o argumento utilizado seria de que, em vida, Gugu optou por não falar a respeito da sua homossexualidade. Porém, de acordo com o jornalista, o interesse em revelar a verdade parte de uma questão judicial, que envolve R$ 1 bilhão.

“A homofobia da sociedade brasileira contaminou até os formadores de opinião que eu tanto admiro. Como pode? […] Neste caso, há uma grande relevância em saber se Gugu se relacionava com homens ou com mulheres. Algo que explica o motivo pelo qual ele não incluiu Rose Miriam no testamento“, lembrou.

“Gugu era famoso por sua generosidade, se ele a excluiu, tinha seus motivos. A resposta, para mim, é simples: Gugu não incluiu Rose Miriam em seu testamento porque ela já havia recebido o dinheiro combinado para dar à luz os filhos dele. Ponto. E a lei brasileira não obriga ninguém a ter que deixar herança para quem pariu seus filhos”, indagou o jornalita.

Leo afirmou que respeita a decisão das pessoas públicas, quando decidem ocultar a sexualidade.

“Gugu usava a capa da revista “Caras” para criar uma família fictícia na cabeça da “tradicional família brasileira”. Mas o que não entra na minha cabeça é, em pleno 2020, esse pensamento retrógrado e ultrapassado de achar que dizer que a pessoa é gay é algum demérito. Não é! Não pode ser!”.

Ainda segundo Leo, todos as pessoas do convívio de Gugu tinham conhecimento do seu relacionamento homossexual e que isso seria ocultado somente da imprensa.

“Eu não estou, aqui, falando nenhuma novidade para eles. E eu nunca ouvi Gugu dizer a frase: “Não sou gay”. Gugu não mentiu em palavras, mentiu em atitudes através da capa de uma revista que fez história vendendo uma vida fictícia, que talvez fosse necessária para época. Mas isso não cabe mais nos dias de hoje. Passou. Acabou. Estamos na era da verdade. A imprensa brasileira precisa entender isso”, finalizou.

Varela Notícias