Com as contas no vermelho e pressionado pelo teto de gastos, que limita as despesas públicas, o governo federal não encontrou ainda uma fonte de recursos para criar um novo programa social que possa substituir o Bolsa Família e ainda incluir mais famílias que estão hoje no auxílio emergencial. Quando nascer, será o Renda Cidadã. O presidente Jair Bolsonaro explica, com exclusividade ao R7 Planalto, que tem conversado com parlamentares e a equipe econômica sobre o assunto, mas que o impasse continua.
“O grande problema é onde você vai buscar dinheiro”, diz. “A gente se preocupa, o pessoal conversa comigo, mas geralmente, quando aponta a fonte, não tem condições da gente prosseguir”, explica Bolsonaro.
O presidente já disse que não vai tirar dinheiro dos pobres para repassar aos paupérrimos, uma referência à proposta de acabar com o abono salarial e o seguro-defeso para criar o novo programa social.
Nesta terça-feira, para apoiadores, o presidente disse esperar que não seja preciso um novo auxílio emergencial.
“Esperamos que não seja necessário. Eu espero que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil. Desde o começo, nunca apoiei essa ideia do isolamento. Fui pelo isolamento vertical, mas, infelizmente, a decisão coube aos governadores e prefeitos”, relembrou.
“Se não fosse toda aquela quantidade de auxílio que nós fizemos, entre eles, o emergencial, realmente, a economia tinha quebrado no Brasil. A gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja, realmente, de partida do Brasil”, declarou.
O auxílio emergencial termina em dezembro. No Congresso e dentro da discussão do Orçamento, são analisadas propostas para ampliar e remodelar o Bolsa Família e Criar o Renda Cidadã. (R7)