Foto: Poder360
O ex-assessor Fabrício Queiroz, admitiu a promotores, por escrito, a prática das “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, mas negou que Flávio estivesse envolvido. A informação é da CNN. A confissão de Queiroz ao MP está em uma petição anexada ao processo sobre o esquema que tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio. No documento, Queiroz “admitiu que havia um acordo pelo qual os assessores por ele indicados para ocupar cargos no Gabinete haveriam de lhe entregar parte de seus vencimentos”.
Ele é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador financeiro da organização criminosa. Ainda em depoimento ao MP, o ex-assessor afirmou que “tal acordo teria sido realizado sem consulta ou anuência do então Deputado Estadual nem de seu Chefe de Gabinete, valendo-se da confiança e da autonomia que possuía”.
Mas para os promotores, a evolução do patrimônio de Flávio e da mulher dele, Fernanda Antunes Bolsonaro, ao longo de dez anos, é suspeita, assim como a movimentação de mais de R$ 2 milhões na conta do ex-assessor, o que foi considerada incompatível com o salário de um PM reformado.
De acordo com o MP, não é “crível que o referido assessor houvesse arrecadado milhões de reais em repasses de assessores da Alerj, ao longo de mais de dez anos, sem que seus superiores tivessem conhecimento do fato e nem auferido qualquer vantagem do ilícito praticado”.
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