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Rui dá o alerta: as finanças baianas estão à beira do colapso

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Rui Costa foi a Maceió nesta quinta-feira (19/05), em companhia do secretário da Fazenda, Manoel Vitório, falar com os demais governadores nordestinos sobre dinheiro. Ou melhor, discutir o que fazer para sair do buraco que a crise os empurrou. Outros governadores foram até Romero Jucá, novo ministro do Planejamento, pedir carência de um ano no pagamento das dívidas com a União. Resposta de Jucá: ‘Nem pensar’. Até topou discutir outras formas de pagamento. Mas disse que aceitar a carência significa aumentar o rombo federal, que também já é grande. Em síntese, os governadores estão à beira de um ataque de nervos.

rui costa

Apertando o cinto: Semana passada, em um encontro por ele provocado, Rui se reuniu com os dirigentes dos outros poderes: Maria do Socorro Santiago (TJ), Marcelo Nilo (Assembleia), Inaldo Paixão (TCE), Chico Neto (TCM) e Clériston de Macêdo (Defensoria Pública). Fez detalhada explanação sobre a situação financeira do estado que, na crise, sofreu grandes perdas de receita, principalmente nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Disse que já ultrapassou o limite prudencial e está à beira do colapso. E pediu a todos rigor na contenção de gastos, com o lembrete: se a coisa continuar como vai, a Bahia corre sério risco de ter que, a partir de novembro, fazer o que mais de 20 dos 27 estados já estão fazendo, parcelar o pagamento de salários. Ele quer que tais reuniões sejam mensais para monitorar passo a passo o andamento da situação. A ordem é apertar o cinto.

Perdas baianas

Os números da Sefaz apontam que a queda do FPE é vertiginosa, beira os 50%. Em 2012, significava 36% da receita do estado, ano passado era 32%. A perda é de R$ 1,05 bilhão, além de mais R$ 1,5 bilhão de convênios firmados com o governo federal e não honrados.

Condenação judicial

Com todos esses problemas, Rui Costa ganhou um a mais: o juiz Mário Soares Caymmi Goes, da 8ª Vara da Fazenda Pública, condenou ele e o secretário Manoel Vitório, se não chamarem os agentes de presídio que passaram em um concurso. Se não cumprir. A PGE vai recorrer. (Bahia.ba)