A Rússia anunciou nesta segunda-feira (30) que começou a vacinar a população com a vacina Sputnik V, que foi registrada no país em setembro, ainda com os ensaios clínicos em andamento. Segundo o jornal O Globo, o país entregou o primeiro lote conhecido do imunizante a um hospital de Moscou. O Hospital Central de Domodedovo informou que a imunização começou na semana passada.
O site da instituição informa que residentes interessados em serem vacinados devem se registrar em uma plataforma do governo com antecedência. Outro pré-requisito é apresentar um teste de covid-19 atestando que não houve contágio pelo coronavírus e documentos de identificação.
A campanha de vacinação já havia sido iniciada com militares, por determinação do presidente Vladimir Putin. A informação animou o governador da Bahia, Rui Costa, que falou, na semana passada, em esperança de ter, em breve, a Sputnik V protegendo os baianos da covid-19.
“Notícias como essa nos enchem de esperança. Acredito na seriedade e comprometimento das equipes científicas que trabalham em todo o planeta. Com fé em Deus, venceremos a guerra contra o coronavírus!”, afirmou o líder estadual no Twitter.
Um acordo entre os governos baiano e russo prevê acesso preferencial ao imunizante e produção de 50 milhões de doses da Sputnik V.
Covid na Rússia
Os casos da covid-19 na Rússia cresceram de forma expressiva a partir de setembro, mas o governo tem resistido a adotar um lockdown rígido, como alguns países da Europa Ocidental que enfrentam uma segunda onda da doença. Autoridades têm defendido que medidas pontuais são suficientes para contornar a crise.
Segundo números oficiais do governo russo, 26.338 novos casos foram registrados nesta segunda-feira, incluindo 6.511 na capital e 3.691 em São Petersburgo, segunda cidade mais importante da Rússia, além de 368 óbitos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país já soma 2.295.654 infectados e 39.895 vítimas fatais desde o início da pandemia.
No Brasil, além da Bahia, o Paraná formalizou acordo com a Rússia visando a encomenda de doses e a produção da Sputnik V no país. Apesar disso, o laboratório Nikolai Gamaleya ainda não formalizou pedido de testes ou de registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Correios)