Santo Antônio de Jesus é um dos 30 piores municípios da Bahia em geração de empregos. É o que apontam os dados publicados nesta quinta-feira (28) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes ao mês de Junho de 2016. Nos seis primeiros meses do ano, a cidade aparece em 30º lugar no ranking de desemprego, com 3.089 demitidos. Considerando apenas o mês de junho, a Capital do Recôncavo com 474 desempregados, é a 43ª pior na geração de empregos entre os 97 municípios da Bahia com mais de 30 mil habitantes. Os números de Santo Antônio de Jesus vão na contramão de outras cidades da região como:Itaberaba, Muritiba, Cruz das Almas, Conceição do Almeida e Valença que apresentaram resultados positivos na geração de emprego entre janeiro e junho de 2016. Em 2015, a cidade fechou o ano com um saldo negativo de 315 desempregados.
Federação Nacional classifica gestão como “difícil”
Outro indicador do momento ruim da economia local é a avaliação do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) que classificou a administração dos recursos públicos em Santo Antônio de Jesus como “difícil”. Também divulgado nesta quinta-feira (28), o IFGF avalia indicadores como receita própria, gastos com pessoal, investimentos, custo da dívida pública e liquidez (restos a pagar). A avaliação da Capital do Recôncavo em 2015 apresentou queda com relação a 2014. Segundo o especialista de Desenvolvimento Econômico da Firjan, William Figueiredo, gastos com pessoal e dívidas maiores que a arrecadação são os principais fatores para uma avaliação negativa:
“Os municípios com maior fatia têm grande parte das receitas comprometidas com folha de pagamento de servidores, suas dívidas com fornecedores são maiores que o caixa existente para honrá-las e o resultado é que não sobra nada para investimentos, outro indicador que avalia diretamente a eficiência do gestor à frente do município. A mensagem é: elejam bons gestores, principalmente os que respeitem a lei” – comenta. A falta de credibilidade na gestão municipal é apontada como um dos principais fatores para diminuir a confiança do empresariado, tendo impacto direto na economia local.
