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Uso do Pix em compras de bens ou serviços cresce 143% na Bahia

O uso do Pix em compras de bens ou serviços – transações efetuadas de pessoas físicas para empresas – cresceu 143% na Bahia nos primeiros oito meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Um dos setores onde a modalidade é mais usada é o de alimentação, incluindo compras em mercados, com 12% do total das operações realizadas. Outros que aparecem bem posicionados são lojas no comércio (3%), combustíveis e farmácias (cada um com 2%). Em um recorte por gênero, os homens gastam mais em compras com Pix do que as mulheres. Eles são responsáveis por 72% do faturamento total, e, no número de transações, 64%. Com isso, o ticket médio masculino é maior, de R$ 336, contra R$ 231 do feminino.

Comportamento

Os dados fazem parte do estudo Análise do Comportamento de Consumo, relatório elaborado pelo Itaú Unibanco com um panorama quantos a gastos dos brasileiros. O levantamento foi feito com base nas transações via Pix realizadas por clientes da instituição, e divulgado com exclusividade para A TARDE.

Na avaliação do diretor de Pagamentos do Itaú Unibanco, Mario Miguel, os números demonstram a consolidação do Pix como principal meio de pagamento do país, e a importância da ferramenta. “O Pix vem ocupando um espaço importante na forma como o brasileiro transaciona, e nas relações de consumo, de compra de bens e serviços, tem um papel complementar aos cartões de crédito e débito. Os dados mostram esse comportamento, e corroboram a relevância que esta forma de pagamento tem alcançado na vida das pessoas”, fala.

Para o consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), Guilherme Dietze, o Pix representa economia de tempo, mais segurança, e dinheiro direto no caixa da empresas.

De acordo com ele, esse fluxo evita com que o empresário tenha que buscar crédito na praça, pelo qual vai pagar juros, taxas, “precisar ficar negociando com bancos sobre desconto de duplicata, antecipação de fatura de cartão de crédito”.

“O brasileiro comprou a ideia. Você não precisa tocar em dinheiro, ir a banco, então você tem segurança e economia de tempo. Para o empresário do comércio, é uma forma e dinheiro instantânea e sem custo, que ajuda no fluxo de caixa e pagamento de contas do dia a dia, de empregado, fornecedor. Enquanto algumas maquininhas (de cartão de crédito ou débito) possuem taxas, dependendo da modalidade”, aponta Dietze.

A vendedora Evaneide Silva, 34, procurava ontem pela manhã um tênis novo para o filho caçula, de apenas dois anos. Ela falou com a reportagem de A TARDE em uma loja na avenida 7, no centro de Salvador. Segurando um modelo branco, de cadarço na mesma cor –, custando R$ 109,99 –, disse que pagaria no Pix se conseguisse um desconto de ao menos 10%, caso contrário iria parcelar o valor no cartão de crédito.  “Eu espero sempre um desconto (no Pix), quando é compra em loja”, conta. (A Tarde)