A vacina anunciada pela Rússia nesta terça-feira (11) contra a Covid-19 só deve chegar à Bahia após a publicação dos resultados dos testes feitos no país. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas. No início de agosto, o governador Rui Costa afirmou que entrou em contato com a embaixada do país europeu no Brasil para pedir acesso ao fármaco. “Tivemos na semana passada uma reunião pela internet com o embaixador da Rússia demonstrando interesse da Bahia e do Nordeste tanto para ajudar como para participar do processo de vacinação. Não temos certeza das datas, mas formalizamos através de uma correspondência. Fizemos contato com a China para participar também dos testes da China”, afirmou o governador da Bahia, Rui Costa, em entrevista à TV Bahia.
Desconfiança – A OMS tem uma página internet na qual mostra em que estágio de desenvolvimento estão as pesquisas de vacinas ao redor do mundo. A última atualização dessa informação foi feita em 31 de julho. Nela, consta que a vacina russa do Instituto Gamelaya está na fase 1 do processo – seria necessário observar três fases completas para começar a vacinar em massa. Ontem, Jarbas Barbosa da Silva Jr., diretor-assistente da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), afirmou que sem os resultados de ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendará a vacina russa.
Além de não terem sido publicados os estudos científicos ou testes que evidenciam a eficácia da vacina, também são desconhecidos detalhes sobre as fases do processo, que geralmente devem ser cumpridos antes de uma nova vacina ser aprovada e lançada no mercado.
Paraná com pressa – Se na Bahia o clima de animação com a vacina russa arrefeceu, no Paraná a expectativa segue em alta. O governo do estado, comandado por Ratinho Júnior, assina hoje (12) um acordo com a Rússia para produção e distribuição da vacina contra o novo coronavírus Sputnik V. A cerimônia para a celebração do convênio está prevista para ocorrer às 14h. (Metro1)